sábado, 30 de outubro de 2010

Machuca, dói, e não sara.

Ela estava observando as fotos que foram feitas a alguns anos, e notou que a maioria dos que estavam naquela fotos se dissipou com o tempo, notou que todos aqueles sorrisos que estavam naquela foto desapareceram sem deixar se quer um rastro, uma pista. A primeira sensação que lhe veio a cabeça, foi se como cada rosto daquele tivesse sido riscado com uma caneta permanente desfocando toda e qualquer lembrança que poderia ser recordada, sua cabeça gira de nostalgia, por alguns rostos, nomes e sorrisos são lembrados, o que estão sendo lembrados não está sendo os dias, mais os momentos. Momentos que as vezes você perde por causa de motivos tão insignificantes que depois quando o tempo passa, o arrependimento é tão grande, que machuca, dói e não sara, talvez amenize pelo fato de que por certos momentos se esqueça. Ela olha aquela foto e percebe a quanto tempo coisas como as daquele retrato não acontecem mais, olha para o relógio e vê que agora seu tempo é curto, é que todos os seus dias não passaram do ócio. Mas aparentemente é tarde, porque a bebida já esta no copo, o cigarro já está aceso, a idade vem, e já não há mais o que fazer.

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